domingo, 26 de junho de 2011


Claudio Lins - Um galã no ponto (matéria no jornal O Estado de Minas)

 



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 Robert Schwenck/Divulgação-16/8/10
Cláudio Lins: um mocinho como nos bons tempos
 
Quem acompanha a carreira de ator de Cláudio Lins não se surpreende em vê-lo tão convincente no papel do protagonista de Amor e revolução, do SBT/Alterosa. Ele interpreta o militar José Guerra na trama de Tiago Santiago e revive os mocinhos dos velhos e bons tempos. Coisa rara atualmente na telinha, o ator consegue juntar elementos essenciais ao tipo, como carisma, além, claro, da beleza. E ocupa o posto como poucos.

Em cena de Amor e revolução, José Guerra vai do rapaz sensível e amoroso, apaixonado por Maria, vivida por Graziela Schmitt, ao destemido militar que condena os excessos praticados durante a ditadura no Brasil e luta contra o regime e os destemperos, inclusive de seu pai, um general linha dura. Nos capítulos atuais, José tenta proteger a mãe doente, que está nas mãos de uma governanta com sede de sangue.

Ao mesmo tempo, José vive um conflito pessoal. Longe de Maria, sua grande paixão que se mandou para Cuba a fim de participar do treinamento de guerrilha, ele é envolvido pela prima Míriam, personagem de Thaís Pacholek, com quem inicia um romance. Com as duas atrizes, Cláudio Lins mostra química, principalmente nas cenas mais sensuais.

E já era assim desde o início da carreira, quando estreou na TV, em 1995, na novela História de amor (Globo), de Manoel Carlos, em que interpretou Bruno Moretti. Romântico e educado, o personagem era apaixonado por Joyce, de Carla Marins, e a dupla encantou a audiência. Do mesmo jeito quando os atores se reencontraram, ano passado, como protagonistas do remake de Uma rosa com amor, no SBT/Alterosa, assinado por Tiago Santiago.

Cláudio Lins também tem passagens de respeito pelo teatro, em montagens como A visita da velha senhora (1993), Uma tragédia florentina (1995), Aldir Blanc, um cara bacana (2000), Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come (2002), Elis Regina, estrela do Brasil (2002) e Ópera do malandro (2003).

Filho do cantor Ivan Lins e da atriz e cantora Lucinha Lins, a cada trabalho Cláudio, que também é cantor com talento reconhecido por público e crítica, demonstra que não ocupa o posto de mocinho por acaso. E que já é um galã pronto. Tomara que os autores de novelas sempre se lembrem disso.

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